A Pedra do Atlas é um abrigo arenítico com pinturas rupestres conhecido pela ocorrência de mais de uma centena de propulsores de dardos representados nos painéis pictóricos. Além da arte rupestre, neste sítio arqueológico foram encontrados materiais cerâmicos, pigmentos minerais e alguns líticos. Neste trabalho, amostras representativas dos materiais cerâmicos foram investigadas por fluorescências de raios X e difratometria de raios X, visando acessar a composição químico-mineralógica e parâmetros de queima dos objetos produzidos com argila. Exames macroscópicos a olho nu e complementares com estereomicroscópio e microscópio óptico também foram realizados. Os dados arqueométricos mostram a ocorrência de quartzo, anatásio, anortita, maghemita, fosfato de ferro, hematita e rutilo. A ausência de caulinita é indicativa de que a queima na produção desses materiais cerâmicos foi realizada em temperaturas superiores a 500 °C, enquanto a ausência de ilmenita é indicativa de que a temperatura de queima foi inferior a 1000 °C. Uma datação radiocarbônica de 830 ± 30 anos antes do presente foi obtida para a amostra PA.2017.33, fornecendo uma primeira cronologia para o sítio Pedra do Atlas.

Cerâmica arqueológica; composição químico-mineralógica; temperatura de queima; arqueometria; Pedra do Atlas; Brasil.

Recibido: 27-11-2022. Modificado: 5-12-2022. Aceptado: 9-12-2022. Publicado: 20-12-2022.

Cavalcante, L. C. D.; J. M. Leite; J. W. L. Sousa. 2022.
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PURL: purl.org/aia/5014. ARK: ark:/49934/286.

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Os autores são gratos ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela concessão das bolsas de produtividade em pesquisa a L. C. D. Cavalcante (Processo 315709/2020-0) e de iniciação científica a J. M. Leite (Processo 127029/2020-6). Ao Dr. Benedito Batista Farias Filho pelas medidas de fluorescência de raios X e ao Dr. Luciano Clécio Brandão Lima pelas medidas de difratometria de raios X.

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